sábado, 31 de janeiro de 2015

A atração pelo perigo

Já era madrugada, quando, zapeando pela tv, vi que estava passando "Crepúsculo". E não desgrudei da tevê até o final do filme, por mais que já soubesse o que iria acontecer.
Não sei de onde vem a minha fascinação pela trama (por mais que todos falem mal, eu continuo gostando da história). Acho romântico, volto sempre à adolescência, aos amores platônicos, frio na barriga ao passar pelos paquerinhas.
No caso do filme, o arrepio era maior, o perigo de morte é real e sopra no ouvido como um desafio masoquista.
Comecei a pensar o quanto isso é real. Por mais que não me dê conta (comecei a usar o plural mas não sei até que ponto isso ocorre com as outras Jones tb), vez ou outra me deparo com situações em que o anjinho racional vem no ombro direito e fala para recuar ou procurar outros caminhos, enquanto que o diabinho mais emocional incentiva a seguir em frente. Persistente que sou, assumo como um desafio e sigo, com imagem imponente de segurança e auto confiança, por mais que, por dentro, as pernas estejam tremendo de medo.
A cabeça gira a mil por hora, na batida do coração, acelerado. A cada passo uma sensação de vitória, a torcida para que tudo continue bem e que seja mais um limite ultrapassado.
Contraditório e engraçado perceber isso. Justo eu, a pessoa indecisa, que pensa mil vezes antes de tomar decisões, veja tanta graça em impulsividades momentâneas. Admito que possam ser idiotices _e insanidades_mas são, também, maneiras de colocar adrenalina na vida e ver sentido nela, por mais que nada disso faça o menor sentido quando se para para pensar.
Hold your breath, chin up and keep walking!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Welcome to Season 2015

Ariel já está casada, Lucy tem uma nova profissão, Patty Marie se envolve cada vez no mundo das ONGs e a amiga loira deixou de ser citada pra ganhar nome e voz próprios (seja bem-vinda, Pedritamix)! Sim, o povo do "Era uma vez, à noite..." está de volta. Cara nova, nome novo, alguns anos a mais. 

O retorno tão esperado (pelas autoras, pelo menos) estava sendo ensaiado e prometido faz tempo, talvez só não mais que o gunsandrosiano Chinese Democracy. Porém, como dizem que tudo vem no momento certo, nada melhor que recomeçar num começo de ano.

Depois de um período tenso como 2014, com Copa do Mundo, eleições e vários sonhos sonhados e desfeitos, o ano novo parece uma mistura de alívio com ansiedade de tudo o que pode acontecer. Os governos no Brasil e em São Paulo continuam os mesmos, assim como continuam as crises econômica nacional e hídrica paulista. A passagem em um sítio, com pessoas queridas e conhecidas, aumentou a sensação de continuidade, como se as grandes mudanças ainda estivessem por vir.

Ao voltar à realidade, ninguém de cabelo novo, nada de histórias picantes, nenhum personagem misterioso. Ao contrário das seasons 2 em diante, onde tudo começa do zero, os problemas do último capítulo continuam os mesmos, assim como as oportunidades (e ter pulado de sete a dez ondinhas na represa só faz mostrar que com um pouco de ajuda tudo é possível). 

Então, agora que o cenário já está pronto, que venha a temporada 2015! E pra receber o ano com toda a energia, nada melhor do que encará-lo assim, como um editor de texto em branco, pronto para receber as histórias que estão por vir. Que ele esteja repleto de (boas) histórias, com a transformação de dificuldades em (felizes) aventuras!


domingo, 11 de janeiro de 2015

As escolhas da vida

"A vida é feita de escolhas", eu disse, cheia de convicção, nos primeiros minutos deste ano. Frase esta, que, então, regirá os próximos 354 dias que restam em 2015.

O problema é que eu não sei ao certo pra qual direção ir.



Se eu optar pelo caminho A, criará um conflito, que resultará em uma liberdade e na tomada de uma outra decisão. Esta é mais fácil, se eu levar em conta minha vontade e torcer para que eu esteja correta.

Também posso tentar o caminho B, que terá as mesmas consequências da alternativa anterior, porém com um comprometimento financeiro para os próximos anos.

O problema é que isso impossibilitaria qualquer possibilidade de C, que não deixa de ser uma alternativa, já que vez ou outra passa pela minha mente _e, se não fizer isso nos próximos anos, sei que não o farei mais.

Por mais que C possa ser meio que loucura, sei que é um caminho que tb trará frutos positivos. Se eu programar C para o próximo ano,  não poderia fazer A nem B agora porque isso atrapalharia tudo. Neste caso, minha escolha teria de ser D, que, nada mais é do que a mesmice regada de muita paciência e determinação.

Com A, B ou D eu posso, ainda, fazer E, o que eu preciso decidir logo senão perco os prazos. Mas, e se eu fizer E e depois resolver fazer C ou mesmo partir para F ou G _o que poderia acontecer assim que a oportunidade surgir?!

Em paralelo a isso, há ainda a dúvida em relação a Y, que não tem nada a ver com A, B ou C, não me impede nem me favorece a nenhuma destas opções.

E justamente esta falta de co-relação ou decisão participativa que me leva a ter a certeza de que eu preciso tomar estas decisões e dar um rumo à minha vida.