sábado, 27 de dezembro de 2014

A esperança dos novos 20

Já faz muito tempo que, em meio ao turbilhão de pensamentos e sentimentos, eu estruturei um post para o blog, rascunhei em algum lugar e deixei pra lá. Hoje, às 3h da matina, resolvi que é agora ou nunca para dar o grande start.

Tudo começa com a reflexão que não tem saído da minha cabeça desde...nossa, acho que desde quando tinha uns 20 e pouco anos. O que antes era só uma imagem nebulosa do "como será quando eu chegar aos 30", se tornou realidade num piscar de olhos.

A utopia de já ter uma vida estável, ter um trabalho "digno", degustar vinhos em sessões queijo e vinho no meu próprio apartamento e, quem sabe, já ter um marido para chamar de meu _acho que filhos não faziam parte do pacote_ se dissipou no ar com uma realidade até que bem parecida com a anterior.

E cá estou eu, novamente numa redação, trabalhando loucamente e sem previsão de um salário compatível com tal esforço. Fisicamente bem parecida, não me vejo como um mulherão, mulher de negócios, mas sim como uma jovem adulta _cujas preocupações passaram de "com que roupa vou na balada" para "putaquepariu, tá todo mundo ficando velho".

Sim, to com medo de ficar velha. Ao mesmo tempo em que me dou conta de que já estou velha. O pique não é o mesmo, o corpo dá sinais de fraqueza, a pele não tem a mesma jovialidade...

Tenho reparado muito no envelhecimento das pessoas. Não nas próximas, cuja mudança eu acompanho, mas sim naquelas que não vejo há algum tempo e me assusto ao ver como o tempo passou. Medo.

Mais do que uma "análise do outro", o que me incomoda é lembrar que comigo acontece o mesmo. Olhar fotos antigas e me dar conta de que não sou mais aquela garota. E que, assim como 1+1=2, a tendência é piorar rs

Não dá pra parar o tempo _brilhante conclusão!_ mas, que caminhos tomar?

Não me arrependo, em linhas gerais, das decisões de vida que tomei, mas me vejo estagnada num ponto em que não sei para onde ir. Dos 20 pra cá foi um pulinho e não quero parar daqui a pouco e ver que o próximo pulinho já aconteceu sem antes conquistar tudo aquilo que almejo.

E o que eu quero? Nada específico. Eu só quero ser feliz (como a música diz), aproveitar a vida, fazer com que muitas histórias se passem antes das linhas de expressão se firmarem no meu rosto, dar muitas risadas que, eu sei, involuntariamente, vão contribuir para os pés de galinha.

Confesso que ainda estou temerosa em relação a vida passando na velocidade da luz, então prefiro me apegar à ideia de que os 30 são os novos 20 e tentar manter a energia e jovialidade. E espero estar mais realizada quando os "verdadeiros" 30 chegarem.


Um comentário:

  1. Pois é, muitas vezes eu ainda me pego pensando que preciso comprar um caderno novo para o início das aulas! Rsrs... Acho que daquele tempo para cá, só ganhei alguns quilos e perdi alguns graus para a miopia... o resto continua igual e o meu caderno seria o da Monster High!

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